Pare que eu vou descer!
Mais uma vez vou sair.
Explodo a bomba em mim,
E viro tudo do avesso.
Eu quero mãos que não me prendam,
Que não me façam parar.
Quero estar comigo mesmo,
E rir das tragédias que são só minhas.
Eu já sei que não me encaixo,
Eu não me enquadro.
Minha receita não é desse livro,
Meus sonhos são do outro lado.
Quero sair na chuva sem camisa,
Quero molhar meu peito.
E cair bêbado do meu próprio mundo,
No chão, numa sombra do meu jardim.
Nada pessoal, mas sei que não sou daqui.
Nem sei viver essas coisas.
Atrofio, murcho, perco a cor.
E quando vejo, já até virei a página.
Para que eu vou descer!
Quero sair andando, correndo, gritando.
Quero reencarnar em mim mesmo,
E brilha!
Romulo Wagner de Souza
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