Lamento você ter partido tão cedo.
Eu queria ter ficado um pouco mais velho ao teu lado.
Lamento não ter falado mais das minhas frustrações,
Das minhas alegrias.
Ainda hoje eu choro, me emociono.
Não com aquele peso das tuas últimas horas,
Mas com o pesar de saber que vivi pouco com você.
Eu era só um garoto, você lembra?
Pai, hoje eu sou um homem!
Venho há anos lutando minha própria guerra.
E só há pouco pude entender as coisas
Que antes você fazia, e eu não via sentido.
Hoje eu sonho em ter meus filhos.
Netos que você não poderá abraçar.
Mas eu é queria voltar a ser menino,
Pra me deitar ao teu lado, vendo qualquer coisa na TV.
Obrigado por me levar para dormir na cama,
Nos teus braços fortes, que eu sonhava em ter iguais.
Desculpe ter demorado tanto
Para perceber o quanto aquilo era especial.
Sinto tua falta.
E discretamente me alegro,
Quando percebo e mim
Os gestos que eu sempre soube que eram teus.
Será que você volta?
Talvez disfarçado nesse filho que eu tanto sonho?
Serei eu agora a te pegar no colo,
A preparar o teu almoço, ou o teu jantar?
Eu te amo, Pai!
E sei que nestes anos todos você esteve também comigo,
Talvez mais próximo do que antes de partir.
Saudades... Teu filho!
Romulo Wagner de Souza
(pequena homenagem ao meu pai, desencarnado há 13 anos)
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