Eu já aprendi que contos de fada não existem.
Que a vida é dura, e que dela ninguém escapa.
Já me disseram para não levar os sonhos a sério,
Que amanhã outro dia vem, e tudo fica igual.
Já me convenceram que eu deveria ser sóbrio,
Parar de falar sozinho, e de rir comigo mesmo.
Deram certeza de que o amor é uma fábula,
E que princesas e príncipes são todos sapos.
E me disseram que eu ainda cairia curvado,
Debruçado nas folhas amassadas dos meus versos.
Eu ouvi tudo em silêncio, sorri, e tratei de esquecer.
Eu tenho pressa, vou correndo ao meu encontro!
Garota é melhor você decidir logo, rápido,
Antes que eu mesmo vire abóbora aos seus pés!
Sem carruagem, sem escudo e sem espada,
E ainda sou o teu cavaleiro do tronco oco.
Rasgue meu corpo em mil pedaços, e jogue
Para fora da tua janela numa noite como essa.
E logo cedo, pela manhã eu volto multiplicado,
Nas milhares gotas dessa chuva leve e surreal.
Você é tão maluca quanto eu! Tão insana!
Apenas perdeu a prática de andar no teto,
De correr nas nuvens do teu sonho, de sorrir,
De costurar os retalhos da tua vida e do teu amor.
Você não é como ele, é simplesmente igual a mim!
É o teu nome que ecoa quando se grita o meu.
Do teu amor eu sou a cama macia e o arrepio nas costas,
Da minha alegria você é a risada mais alta e insistente.
Nada mais normal que lhe propor uma loucura.
De esquecermos o caminho de casa, e corrermos na garoa,
Deixarmos de lado esse excesso de bom senso e certeza,
E corrermos apenas o risco de ficarmos bem.
Sou o homem do chapéu de lado, sou o mágico,
O encantador das feras, o trapezista, o palhaço.
Sou apenas eu mesmo e todos mais que você quiser,
Sou aquele que lhe convida a fugir de você mesma,
E ser feliz comigo!
Romulo Wagner de Souza
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Fosse esse o Primeiro, Fosse esse o Último
Fosse esse o primeiro momento que te visse,
Eu iria ao parque mais cedo, chegaria antes.
Diria logo ao te encontrar que seria sempre minha,
E que eu jamais poderia fugir de você, do teu olhar.
Fosse esse o último momento que te encontrasse,
Eu diria já partir sentindo tua falta, que teria sido pouco.
Retardaria a minha ida, e buscaria levar você em mim,
Diria que cada instante teria valido a pena.
Fosse esse o primeiro adeus que tivesse de dizer,
Eu avisaria que seria inútil, que de nada adiantaria.
Que eu ainda te encontraria em outros parques da vida,
E que amar você já seria meu vício e minha virtude.
Fosse essa a última vez a me despedir,
Eu deixaria claro que lhe esperaria do outro lado.
Que com outro nome, outro rosto, e num outro plano,
O meu amor seria sempre o mesmo, como já havia sido.
Fosse esse o primeiro susto, a primeira dor,
E seguraria tua mão mais forte, diria que logo passaria.
Acalmaria você com a minha força, com o meu prazer,
Tocaria teu corpo no escuro da tua casa vazia.
Fosse essa a última dança adiada, a última espera,
Eu sairia agora gritando que finalmente é meu par.
No instante seguinte eu seria teu, e te faria logo minha,
Eu encheria o teu ventre com a nossa vida, nossos sonhos.
Mas estamos sempre entre o primeiro e o último,
Nesse mar irônico que te traz e te afasta de mim.
Sempre entre o sono e a vigília, entre o olá e o adeus,
Num instante surreal entre antes e depois, e que ainda não é agora.
Vou romper o espaço e desafiar o tempo,
Vou tirar você de sua prisão concreta, e invadir o teu corpo, teu castelo.
Vou impregnar minha vida do teu sorriso, vou roubar teu sono,
Vou dizer que de nada vale fugir, e que não há como estar mais perto.
Vou fundir o nosso olhar, nossa voz, e nossas línguas,
Vou dançar com você e vou enfim te amar em paz.
Romulo Wagner de Souza
Eu iria ao parque mais cedo, chegaria antes.
Diria logo ao te encontrar que seria sempre minha,
E que eu jamais poderia fugir de você, do teu olhar.
Fosse esse o último momento que te encontrasse,
Eu diria já partir sentindo tua falta, que teria sido pouco.
Retardaria a minha ida, e buscaria levar você em mim,
Diria que cada instante teria valido a pena.
Fosse esse o primeiro adeus que tivesse de dizer,
Eu avisaria que seria inútil, que de nada adiantaria.
Que eu ainda te encontraria em outros parques da vida,
E que amar você já seria meu vício e minha virtude.
Fosse essa a última vez a me despedir,
Eu deixaria claro que lhe esperaria do outro lado.
Que com outro nome, outro rosto, e num outro plano,
O meu amor seria sempre o mesmo, como já havia sido.
Fosse esse o primeiro susto, a primeira dor,
E seguraria tua mão mais forte, diria que logo passaria.
Acalmaria você com a minha força, com o meu prazer,
Tocaria teu corpo no escuro da tua casa vazia.
Fosse essa a última dança adiada, a última espera,
Eu sairia agora gritando que finalmente é meu par.
No instante seguinte eu seria teu, e te faria logo minha,
Eu encheria o teu ventre com a nossa vida, nossos sonhos.
Mas estamos sempre entre o primeiro e o último,
Nesse mar irônico que te traz e te afasta de mim.
Sempre entre o sono e a vigília, entre o olá e o adeus,
Num instante surreal entre antes e depois, e que ainda não é agora.
Vou romper o espaço e desafiar o tempo,
Vou tirar você de sua prisão concreta, e invadir o teu corpo, teu castelo.
Vou impregnar minha vida do teu sorriso, vou roubar teu sono,
Vou dizer que de nada vale fugir, e que não há como estar mais perto.
Vou fundir o nosso olhar, nossa voz, e nossas línguas,
Vou dançar com você e vou enfim te amar em paz.
Romulo Wagner de Souza
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Se Você Deixar
Eu invado teus sonhos e teus desejos,
Pinto teus dias com a cor que mais gostar.
Eu visto minha armadura dourada,
E te salvo de qualquer hora de tédio.
Se você deixar,
Eu fico aqui esperando até que você venha,
Conto as estrelas dessa noite, e escolho uma pra te dar.
Faço você rir ao telefone com as nossas bobagens,
E te ajudo a lembrar do quanto tudo é simples.
Se você deixar,
Eu abro um vazio no tempo, e volto 15 anos,
E te encontro num parque, e te olho nos olhos.
Eu canto pra você no escuro, até dormir,
E te acordo minutos antes do primeiro orgasmo.
Se você deixar,
Eu armo acampamento na tua vida, no teu jardim,
Faço chover sobre você um dilúvio de poesia.
Eu te entrego flores mais belas que as próprias flores,
E faço o mundo parar no instante do teu silêncio.
Se você deixar,
Eu chego até você e continuo onde estou,
Mostro toda a minha força e minha fraqueza.
Eu faço esse momento se estender por anos,
E me invento todo dia pra te fazer feliz.
Se você deixar,
Eu te levo para um lugar bem longe,
Deixo pra trás o que te assusta e te incomoda.
Crio com você um universo que seja nosso,
Cerco nós dois de ventos de alegria.
Esse amor deixa de ser história,
Salta das páginas dos meus textos, e se faz tangível.
Você vira minha senhora, e eu lhe trago a Sofia com o teu sorriso,
Esquecemos tudo que já não serve, e decidimos só amar,
Se você deixar...
Romulo Wagner de Souza
Pinto teus dias com a cor que mais gostar.
Eu visto minha armadura dourada,
E te salvo de qualquer hora de tédio.
Se você deixar,
Eu fico aqui esperando até que você venha,
Conto as estrelas dessa noite, e escolho uma pra te dar.
Faço você rir ao telefone com as nossas bobagens,
E te ajudo a lembrar do quanto tudo é simples.
Se você deixar,
Eu abro um vazio no tempo, e volto 15 anos,
E te encontro num parque, e te olho nos olhos.
Eu canto pra você no escuro, até dormir,
E te acordo minutos antes do primeiro orgasmo.
Se você deixar,
Eu armo acampamento na tua vida, no teu jardim,
Faço chover sobre você um dilúvio de poesia.
Eu te entrego flores mais belas que as próprias flores,
E faço o mundo parar no instante do teu silêncio.
Se você deixar,
Eu chego até você e continuo onde estou,
Mostro toda a minha força e minha fraqueza.
Eu faço esse momento se estender por anos,
E me invento todo dia pra te fazer feliz.
Se você deixar,
Eu te levo para um lugar bem longe,
Deixo pra trás o que te assusta e te incomoda.
Crio com você um universo que seja nosso,
Cerco nós dois de ventos de alegria.
Esse amor deixa de ser história,
Salta das páginas dos meus textos, e se faz tangível.
Você vira minha senhora, e eu lhe trago a Sofia com o teu sorriso,
Esquecemos tudo que já não serve, e decidimos só amar,
Se você deixar...
Romulo Wagner de Souza
domingo, 22 de agosto de 2010
Sinto sua Falta
Você que foi embora antes do dia nascer,
Que me tirou do teu caminho antes de saber quem eu era.
Que acordou antes do sonho começar,
Que esqueceu de mim antes de me conhecer.
Sinto sua falta.
Você fechou os olhos antes de me ver,
Partiu antes que pudesse me ouvir,
Saiu da mesa antes de tirar as cartas.
Tão cedo ou tão tarde você disse adeus.
Sinto sua falta.
Mesmo sabendo que essa loucura é minha,
Existe algo em mim que não quer que seja assim.
Mais um sonho não sonhado, mais um amor não vivido.
Sem começo, sem meio, e mesmo assim sem fim.
Sinto sua falta.
Em cada olhar das fotos que roubei.
Em cada abraço que o teu tempo me negou.
Em cada sorriso, cada suor,
Em cada lágrima que eu não vi.
Sinto sua falta.
Porque minha visita foi rápida demais.
Porque cheguei muito cedo, ou demorei dez anos.
Porque a língua que eu falo você já não entende.
Porque o sonhou virou lembrança.
Você não dançou comigo,
Mas ainda assim, mesmo sem saber como posso,
Sinto sua falta.
Romulo Wagner de Souza
Que me tirou do teu caminho antes de saber quem eu era.
Que acordou antes do sonho começar,
Que esqueceu de mim antes de me conhecer.
Sinto sua falta.
Você fechou os olhos antes de me ver,
Partiu antes que pudesse me ouvir,
Saiu da mesa antes de tirar as cartas.
Tão cedo ou tão tarde você disse adeus.
Sinto sua falta.
Mesmo sabendo que essa loucura é minha,
Existe algo em mim que não quer que seja assim.
Mais um sonho não sonhado, mais um amor não vivido.
Sem começo, sem meio, e mesmo assim sem fim.
Sinto sua falta.
Em cada olhar das fotos que roubei.
Em cada abraço que o teu tempo me negou.
Em cada sorriso, cada suor,
Em cada lágrima que eu não vi.
Sinto sua falta.
Porque minha visita foi rápida demais.
Porque cheguei muito cedo, ou demorei dez anos.
Porque a língua que eu falo você já não entende.
Porque o sonhou virou lembrança.
Você não dançou comigo,
Mas ainda assim, mesmo sem saber como posso,
Sinto sua falta.
Romulo Wagner de Souza
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Minha Casa, Sofia e a Vida
As folhas secas cobriram a grama do meu jardim,
Mas por ora eu já não tenho forças para juntá-las.
Foi um vento triste que soprou meus sonhos,
Derrubou meus quadros e meus encantos das paredes.
Ah Sofia, se você pode me ouvir,
Não venha agora para a casa do seu velho.
A Vida se fez tão cruel, tão fria e tão amarga,
Só deixou desordem na minha sala e no quarto.
Vou sair por uns tempos, uns dias, semanas.
Se você pode me ver, melhor agora que feche os olhos.
Juro que ainda volto a ser quem sou,
Mas agora vou buscar alguma coisa que me distraia.
Perdi todas as apostas, Sofia. Eu caí de novo!
Agora só me resta esquecer, correr para longe.
Não se trata de coragem, ou força, ou opção,
Mas já aprendi que tudo segue sempre em frente.
Parar é uma ilusão que a nossa arrogância cria,
O universo continua sempre sua viagem, seu caminho.
Se me vendi, sei que o fiz de coração aberto,
Sincero como as palavras e lágrimas que derramo agora.
A Vida não só me magoou, mas me ofendeu demais.
Ela disse preferir me perder, me deixar partir.
Será que sabe que é tão vítima quanto eu?
Pouco importa, já que escolheu não enxergar.
Minha casa perdeu o endereço, Sofia.
Melhor mesmo que você não venha.
Até que possa pensar numa nova rota,
Até que eu tenha outro nome para te chamar.
A Vida se fez pequena na minha vida.
Desmentiu a si mesma e a mim, e aos meus textos.
Quebrou as cordas do meu violino, rasgou meus desenhos,
E facilmente fez minha vida e minhas telas perderem a cor.
Romulo Wagner de Souza
Mas por ora eu já não tenho forças para juntá-las.
Foi um vento triste que soprou meus sonhos,
Derrubou meus quadros e meus encantos das paredes.
Ah Sofia, se você pode me ouvir,
Não venha agora para a casa do seu velho.
A Vida se fez tão cruel, tão fria e tão amarga,
Só deixou desordem na minha sala e no quarto.
Vou sair por uns tempos, uns dias, semanas.
Se você pode me ver, melhor agora que feche os olhos.
Juro que ainda volto a ser quem sou,
Mas agora vou buscar alguma coisa que me distraia.
Perdi todas as apostas, Sofia. Eu caí de novo!
Agora só me resta esquecer, correr para longe.
Não se trata de coragem, ou força, ou opção,
Mas já aprendi que tudo segue sempre em frente.
Parar é uma ilusão que a nossa arrogância cria,
O universo continua sempre sua viagem, seu caminho.
Se me vendi, sei que o fiz de coração aberto,
Sincero como as palavras e lágrimas que derramo agora.
A Vida não só me magoou, mas me ofendeu demais.
Ela disse preferir me perder, me deixar partir.
Será que sabe que é tão vítima quanto eu?
Pouco importa, já que escolheu não enxergar.
Minha casa perdeu o endereço, Sofia.
Melhor mesmo que você não venha.
Até que possa pensar numa nova rota,
Até que eu tenha outro nome para te chamar.
A Vida se fez pequena na minha vida.
Desmentiu a si mesma e a mim, e aos meus textos.
Quebrou as cordas do meu violino, rasgou meus desenhos,
E facilmente fez minha vida e minhas telas perderem a cor.
Romulo Wagner de Souza
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Último Grito
Volto agora para casa, e pelo caminho,
Junto os pedaços meus que deixei cair.
Já exorcizei os meus demônios,
Já admiti os meus enganos.
Os cães rosnam no escuro do meu porão,
Enquanto tento encontrar paz no meu jantar.
Eu já caí tantas vezes,
Que já sei que cedo ou tarde vou me levantar.
Vou seguir o meu caminho com esse sorriso torto,
Sorriso amarelo de quem cansou de chorar.
Vou colocar asas nos meus pés, e correr para longe,
Quero logo estar distante do que eu vivi.
Deixo a ela a minha lembrança,
Deixo a ela o meu fantasma triste,
Que escondido em algum canto de sua memória,
Possa às vezes lembrá-la de como teria sido.
Ela me enganou mais uma vez,
Ou desta vez fui eu que me enganei.
Um cego, uma prisioneira de si, e um sonhador distraído,
Três vidas machucadas pela mesma pessoa apática.
Ele não a ganhou, não será menos infeliz do que já é.
Ela ficou muda, me vendo partir no mesmo silêncio.
Eu mais uma vez perdi o que nunca tive comigo.
E somos todos vítimas de uma mesma covardia.
Mais uma vez eu me vendi por tão pouco,
Vou então cobrar o troco barato que me restou.
Vou continuar andando, vou seguir em frente,
Sei que as lágrimas uma hora se cansam de cair.
Volto agora para casa, e pelo caminho,
Junto os pedaços meus que deixei cair.
Já exorcizei os meus demônios,
Já admiti a minha aposta frustrada.
Romulo Wagner de Souza
Junto os pedaços meus que deixei cair.
Já exorcizei os meus demônios,
Já admiti os meus enganos.
Os cães rosnam no escuro do meu porão,
Enquanto tento encontrar paz no meu jantar.
Eu já caí tantas vezes,
Que já sei que cedo ou tarde vou me levantar.
Vou seguir o meu caminho com esse sorriso torto,
Sorriso amarelo de quem cansou de chorar.
Vou colocar asas nos meus pés, e correr para longe,
Quero logo estar distante do que eu vivi.
Deixo a ela a minha lembrança,
Deixo a ela o meu fantasma triste,
Que escondido em algum canto de sua memória,
Possa às vezes lembrá-la de como teria sido.
Ela me enganou mais uma vez,
Ou desta vez fui eu que me enganei.
Um cego, uma prisioneira de si, e um sonhador distraído,
Três vidas machucadas pela mesma pessoa apática.
Ele não a ganhou, não será menos infeliz do que já é.
Ela ficou muda, me vendo partir no mesmo silêncio.
Eu mais uma vez perdi o que nunca tive comigo.
E somos todos vítimas de uma mesma covardia.
Mais uma vez eu me vendi por tão pouco,
Vou então cobrar o troco barato que me restou.
Vou continuar andando, vou seguir em frente,
Sei que as lágrimas uma hora se cansam de cair.
Volto agora para casa, e pelo caminho,
Junto os pedaços meus que deixei cair.
Já exorcizei os meus demônios,
Já admiti a minha aposta frustrada.
Romulo Wagner de Souza
Noite Fria
É noite, tudo está quieto.
Certamente você dorme,
E enquanto isso,
Rouba meu sono, minha paz.
Não consigo dormir,
Então saio pelas ruas para ver o céu,
E neste momento as estrelas paracem escrever seu nome.
Fico imaginando quais são seus sonhos,
E o que eu não daria para fazer parte deles.
Esta noite de verão é mais fria que qualquer inverno,
Já que você não está aqui.
Volto para casa,
Novamente tento dormir,
Mas o silêncio me distrai.
Imagino sua sombra nos cantos do meu quarto,
Acredito ouvir sua voz,
Mas não é verdade, eu sei.
Então chove nessa noite que não sei se sou feliz
Por estar apaixonado,
Ou triste,
Por estar só.
Queria lhe fazer um poema,
Mas como encontrar as palavras certas
Para descrever o que sinto agora?
Então fico aqui,
Trancado entre quatro paredes,
Vivendo uma paixão quase secreta.
Beijo você no escuro,
Acendo as luzes,
E percebo que era só a brisa da manhã.
Já é dia, é hora de acordar,
E mais uma vez que sequer consegui dormir.
Romulo Wagner de Souza
(poesia escrita em 1999)
Certamente você dorme,
E enquanto isso,
Rouba meu sono, minha paz.
Não consigo dormir,
Então saio pelas ruas para ver o céu,
E neste momento as estrelas paracem escrever seu nome.
Fico imaginando quais são seus sonhos,
E o que eu não daria para fazer parte deles.
Esta noite de verão é mais fria que qualquer inverno,
Já que você não está aqui.
Volto para casa,
Novamente tento dormir,
Mas o silêncio me distrai.
Imagino sua sombra nos cantos do meu quarto,
Acredito ouvir sua voz,
Mas não é verdade, eu sei.
Então chove nessa noite que não sei se sou feliz
Por estar apaixonado,
Ou triste,
Por estar só.
Queria lhe fazer um poema,
Mas como encontrar as palavras certas
Para descrever o que sinto agora?
Então fico aqui,
Trancado entre quatro paredes,
Vivendo uma paixão quase secreta.
Beijo você no escuro,
Acendo as luzes,
E percebo que era só a brisa da manhã.
Já é dia, é hora de acordar,
E mais uma vez que sequer consegui dormir.
Romulo Wagner de Souza
(poesia escrita em 1999)
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Em Paz Comigo
Vou colocar a cara na janela,
Quero ver a banda passar.
Quero ver a menina que dança,
E dribla nos seus passos leves
A dor que um dia eu também senti.
Eu já dei a cara pra bater.
Já paguei pra ver tantas vezes,
Um preço quase sempre alto.
Já me expus, já cantei meus versos.
Já fiquei noites demais sem dormir.
Mas tudo bem, eu estou em paz.
Vou agora sair na rua chutando lata.
Sem pressa, sem destino.
Os meus dados eu já lancei,
E agora não espero, e nem desisto.
Vou cantar na sua janela só mais uma vez,
Minha última serenata.
Meu violino desafinado ficou surdo,
Cansou de falar sozinho no escuro.
Acho que hoje eu vou pra casa mais cedo.
Vou cuidar de mim só um pouco,
Buscar alguma paz que me console.
Já falei e já fiz tudo o que podia.
O próximo passo não é meu,
Eu já fui mais longe do que devia.
Vou dar um descanso ao meu coração,
Mesmo que eu volte pra casa sozinho.
Perdi o medo de mostrar meu medo,
De precisar de mãos que me afaguem.
Eu sei que também choro, também sinto frio.
Vou colocar a cara na janela.
Quero ver a banda passar.
Quero ver a menina que dança,
E dribla nos seus passos leves
A dor que um dia eu também senti.
Romulo Wagner de Souza
Quero ver a banda passar.
Quero ver a menina que dança,
E dribla nos seus passos leves
A dor que um dia eu também senti.
Eu já dei a cara pra bater.
Já paguei pra ver tantas vezes,
Um preço quase sempre alto.
Já me expus, já cantei meus versos.
Já fiquei noites demais sem dormir.
Mas tudo bem, eu estou em paz.
Vou agora sair na rua chutando lata.
Sem pressa, sem destino.
Os meus dados eu já lancei,
E agora não espero, e nem desisto.
Vou cantar na sua janela só mais uma vez,
Minha última serenata.
Meu violino desafinado ficou surdo,
Cansou de falar sozinho no escuro.
Acho que hoje eu vou pra casa mais cedo.
Vou cuidar de mim só um pouco,
Buscar alguma paz que me console.
Já falei e já fiz tudo o que podia.
O próximo passo não é meu,
Eu já fui mais longe do que devia.
Vou dar um descanso ao meu coração,
Mesmo que eu volte pra casa sozinho.
Perdi o medo de mostrar meu medo,
De precisar de mãos que me afaguem.
Eu sei que também choro, também sinto frio.
Vou colocar a cara na janela.
Quero ver a banda passar.
Quero ver a menina que dança,
E dribla nos seus passos leves
A dor que um dia eu também senti.
Romulo Wagner de Souza
domingo, 15 de agosto de 2010
sábado, 14 de agosto de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Quem é Ela?
Eu me pergunto,
E repito a mesma pergunta tantas vezes.
Qual um mantra que me coloca em transe,
Falo sozinho, no espelho da minha sala,
Quem é ela?
Ela foi minha paixão de menino,
Primeiro desejo consciente do meu corpo.
O motivo das primeiras poesias, tão acanhadas,
Das declarações que eu fazia com a voz tão presa.
Quem é ela?
Já foi o pensamento que eu mantinha guardado,
E sempre, a cada queda, era para quem eu voltava,
Dentro de mim, nos meus sonhos,
Qual se fosse um porto seguro que só eu enxergava,
E quem é ela?
Eu pensava estar tristemente vacinado,
Imune a essas surpresas tão suaves que vida prepara.
E bastou um olhar, um abraço, e meia dúzia de palavras,
Para mais uma vez eu estar apaixonado, de novo por ela.
Mas quem é ela?
Falo por horas ao telefone, como se fossem minutos,
E quando finalmente tenho coragem de desligar,
Fico sempre incomodado, pensando ter dito quase nada.
Não ter falado desse amor que tanto sinto.
Quem é ela?
Ela fala dos meus sonhos como se fossem os dela,
Qual de nós estará dormindo?
E uma onda de paz sempre me invade quando ouço a sua voz,
Contrastando a angústia que sempre sinto na sua ausência.
Quem é ela?
Já virou meu vício, minha dose diária de alegria.
Conto os minutos para fazer contato,
Tentando ao mesmo tempo resistir à vontade de estar perto.
Porque ainda não podemos, ainda não estamos soltos,
E quem é ela?
É meu amor, meu sonho, meu alívio.
Seu sorriso me envaidece,
Dizendo que sou o mais afortunado dos homens.
Fico leve com ela nos meus braços, no meu colo,
Fico gigante quando me perco no seu olhar.
Sonho com ela todas as noites que consigo dormir,
E quando acordo, é sempre o primeiro pensamento que me vem.
Alterno entre as coisas do meu dia, e a lembrança do seu rosto,
Penso ter sua voz já gravada em mim, assim como seu cheiro.
Vejo seus lábios mesmo no escuro.
Sua ausência e seu silêncio sempre me maltratam,
Enquanto querer ser dela é uma expressão de amor próprio.
Parece simples, parece óbvio?
Então diga você, que me ouve ou que me lê,
Quem é ela?
Romulo Wagner de Souza
E repito a mesma pergunta tantas vezes.
Qual um mantra que me coloca em transe,
Falo sozinho, no espelho da minha sala,
Quem é ela?
Ela foi minha paixão de menino,
Primeiro desejo consciente do meu corpo.
O motivo das primeiras poesias, tão acanhadas,
Das declarações que eu fazia com a voz tão presa.
Quem é ela?
Já foi o pensamento que eu mantinha guardado,
E sempre, a cada queda, era para quem eu voltava,
Dentro de mim, nos meus sonhos,
Qual se fosse um porto seguro que só eu enxergava,
E quem é ela?
Eu pensava estar tristemente vacinado,
Imune a essas surpresas tão suaves que vida prepara.
E bastou um olhar, um abraço, e meia dúzia de palavras,
Para mais uma vez eu estar apaixonado, de novo por ela.
Mas quem é ela?
Falo por horas ao telefone, como se fossem minutos,
E quando finalmente tenho coragem de desligar,
Fico sempre incomodado, pensando ter dito quase nada.
Não ter falado desse amor que tanto sinto.
Quem é ela?
Ela fala dos meus sonhos como se fossem os dela,
Qual de nós estará dormindo?
E uma onda de paz sempre me invade quando ouço a sua voz,
Contrastando a angústia que sempre sinto na sua ausência.
Quem é ela?
Já virou meu vício, minha dose diária de alegria.
Conto os minutos para fazer contato,
Tentando ao mesmo tempo resistir à vontade de estar perto.
Porque ainda não podemos, ainda não estamos soltos,
E quem é ela?
É meu amor, meu sonho, meu alívio.
Seu sorriso me envaidece,
Dizendo que sou o mais afortunado dos homens.
Fico leve com ela nos meus braços, no meu colo,
Fico gigante quando me perco no seu olhar.
Sonho com ela todas as noites que consigo dormir,
E quando acordo, é sempre o primeiro pensamento que me vem.
Alterno entre as coisas do meu dia, e a lembrança do seu rosto,
Penso ter sua voz já gravada em mim, assim como seu cheiro.
Vejo seus lábios mesmo no escuro.
Sua ausência e seu silêncio sempre me maltratam,
Enquanto querer ser dela é uma expressão de amor próprio.
Parece simples, parece óbvio?
Então diga você, que me ouve ou que me lê,
Quem é ela?
Romulo Wagner de Souza
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Devaneios na Madrugada
Cai a noite, como véu de dança sobre nossas cabeças.
E enquanto o céu fica escuro, outros corpos brilham mais.
De onde será que você veio?
Há devaneios na madrugada,
Quando cercado por quatro paredes, ele jura voar além.
Perto dali nada acontece,
Senão o silêncio quase pacato da noite que avança sem direção.
E este por vezes há de ser quebrado por gemidos fortes, em pleno salto
Dos amantes que não são menos cúmplices da magia que paira nas esquinas.
Há devaneios na madrugada,
É assim que me sinto bem, e este há de ser o meu tempo, o nosso tempo.
Então logo ao te encontrar eu vejo
Que somos parte fundamental da paisagem nova que se espalha calada.
Ali, feito crianças, frente à nossa própria natureza.
Tão expostos e tão sensíveis, tão maduros,
Iluminados por bilhôes de luzes cósmicas
Que vieram de tão longe, só para ver o quanto você é linda.
Há devaneios na madrugada.
E por isso eu lhe digo, minha mulher dos astros,
Que natural seria, se todas as outras estrelas fossem flashes
A piscar e documentar a tua beleza nua.
Quanto a mim,
Eu sou filho da Terra, presenteado pelo céu,
Ao qual me atrevo erguer os olhos para apreciar a luz
Que me lembra o teu rosto.
Há devaneios na madrugada,
E isso me faz bem.
Mas sei que não vou encontrar brisa que me toque as costas
Como as tuas mãos o fazem.
Sei que não haverá aconchego, mesmo em meio às estrelas,
Que me traga mais conforto que o teu abraço.
Não haverá eclipse, ou chuva de meteoros,
Que me mereça mais atenção do observador,
Que o fenômeno único do teu sorriso.
Há devaneios na madrugada.
E já que estou aqui, sem tua presença física ao meu lado,
Eu sonho acordado com o teu cheiro em minha mente,
Pensando em você, que é mulher de luz, que agora brinca e baila no universo,
Fazendo com que todo os resto seja apenas um detalhe
Do teu próprio espetáculo.
E neste momento eu vejo que todas as outras luzes
Só existem para te insinuar em silêncio.
Romulo Wagner de Souza
E enquanto o céu fica escuro, outros corpos brilham mais.
De onde será que você veio?
Há devaneios na madrugada,
Quando cercado por quatro paredes, ele jura voar além.
Perto dali nada acontece,
Senão o silêncio quase pacato da noite que avança sem direção.
E este por vezes há de ser quebrado por gemidos fortes, em pleno salto
Dos amantes que não são menos cúmplices da magia que paira nas esquinas.
Há devaneios na madrugada,
É assim que me sinto bem, e este há de ser o meu tempo, o nosso tempo.
Então logo ao te encontrar eu vejo
Que somos parte fundamental da paisagem nova que se espalha calada.
Ali, feito crianças, frente à nossa própria natureza.
Tão expostos e tão sensíveis, tão maduros,
Iluminados por bilhôes de luzes cósmicas
Que vieram de tão longe, só para ver o quanto você é linda.
Há devaneios na madrugada.
E por isso eu lhe digo, minha mulher dos astros,
Que natural seria, se todas as outras estrelas fossem flashes
A piscar e documentar a tua beleza nua.
Quanto a mim,
Eu sou filho da Terra, presenteado pelo céu,
Ao qual me atrevo erguer os olhos para apreciar a luz
Que me lembra o teu rosto.
Há devaneios na madrugada,
E isso me faz bem.
Mas sei que não vou encontrar brisa que me toque as costas
Como as tuas mãos o fazem.
Sei que não haverá aconchego, mesmo em meio às estrelas,
Que me traga mais conforto que o teu abraço.
Não haverá eclipse, ou chuva de meteoros,
Que me mereça mais atenção do observador,
Que o fenômeno único do teu sorriso.
Há devaneios na madrugada.
E já que estou aqui, sem tua presença física ao meu lado,
Eu sonho acordado com o teu cheiro em minha mente,
Pensando em você, que é mulher de luz, que agora brinca e baila no universo,
Fazendo com que todo os resto seja apenas um detalhe
Do teu próprio espetáculo.
E neste momento eu vejo que todas as outras luzes
Só existem para te insinuar em silêncio.
Romulo Wagner de Souza
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Esperamos
Quem não ousa duvidar de suas convicções,
É porque tem medo de descobrir a verdade.
Quem não ousa rever os caminhos que tomou,
É porque tem medo de se descobrir perdido.
Esperamos o próximo dia de sol,
Para então sairmos na rua com aquela roupa nova.
Esperamos que alguém nos sorria,
Para então desamarrarmos nossa cara trancada.
Esperamos que tudo esteja em seu lugar,
Esperamos ganhar mais dinheiro, estarmos seguros,
Para então retomarmos nossos sonhos,
Fazermos enfim aquela viagem, e sermos felizes.
A espera é o torpe diário da nossa coragem.
Artifício triste que nos mantém parados.
Âncora podre que nos deixa atracados
A uma zona de conforto que não traz conforto.
Esperamos que o outro nos ligue, diga que nos ama,
Para não sermos o primeiro a abrir o coração, o sorriso.
Esperamos ter certeza do que fazer, do que é seguro,
Para não corrermos o risco de um único passo em falso.
Esperamos por um momento ideal que não existe,
Argumento criado para dar força à nossa inércia.
Tiramos de nós mesmos a necessidade de agir,
Esquecendo que a dúvida é um presente da liberdade.
Eu não quero mais esperar!
Vou sair ainda hoje em busca do meu destino,
E se não encontrá-lo, vou fazê-lo eu mesmo!
Se o momento ideal não existe,
Vou fazer com que ele seja este que acontece agora.
Acredito no que sinto, mais do que no que penso saber.
Não vou mais adiar minha alegria!
Nem esperar por uma condição de fantasia,
Onde tudo esteja pronto, diante dos meus olhos,
E a mim só reste o trabalho de dizer... Sim.
Romulo Wagner de Souza
É porque tem medo de descobrir a verdade.
Quem não ousa rever os caminhos que tomou,
É porque tem medo de se descobrir perdido.
Esperamos o próximo dia de sol,
Para então sairmos na rua com aquela roupa nova.
Esperamos que alguém nos sorria,
Para então desamarrarmos nossa cara trancada.
Esperamos que tudo esteja em seu lugar,
Esperamos ganhar mais dinheiro, estarmos seguros,
Para então retomarmos nossos sonhos,
Fazermos enfim aquela viagem, e sermos felizes.
A espera é o torpe diário da nossa coragem.
Artifício triste que nos mantém parados.
Âncora podre que nos deixa atracados
A uma zona de conforto que não traz conforto.
Esperamos que o outro nos ligue, diga que nos ama,
Para não sermos o primeiro a abrir o coração, o sorriso.
Esperamos ter certeza do que fazer, do que é seguro,
Para não corrermos o risco de um único passo em falso.
Esperamos por um momento ideal que não existe,
Argumento criado para dar força à nossa inércia.
Tiramos de nós mesmos a necessidade de agir,
Esquecendo que a dúvida é um presente da liberdade.
Eu não quero mais esperar!
Vou sair ainda hoje em busca do meu destino,
E se não encontrá-lo, vou fazê-lo eu mesmo!
Se o momento ideal não existe,
Vou fazer com que ele seja este que acontece agora.
Acredito no que sinto, mais do que no que penso saber.
Não vou mais adiar minha alegria!
Nem esperar por uma condição de fantasia,
Onde tudo esteja pronto, diante dos meus olhos,
E a mim só reste o trabalho de dizer... Sim.
Romulo Wagner de Souza
domingo, 8 de agosto de 2010
Canção ao Homem que Amei
Lamento você ter partido tão cedo.
Eu queria ter ficado um pouco mais velho ao teu lado.
Lamento não ter falado mais das minhas frustrações,
Das minhas alegrias.
Ainda hoje eu choro, me emociono.
Não com aquele peso das tuas últimas horas,
Mas com o pesar de saber que vivi pouco com você.
Eu era só um garoto, você lembra?
Pai, hoje eu sou um homem!
Venho há anos lutando minha própria guerra.
E só há pouco pude entender as coisas
Que antes você fazia, e eu não via sentido.
Hoje eu sonho em ter meus filhos.
Netos que você não poderá abraçar.
Mas eu é queria voltar a ser menino,
Pra me deitar ao teu lado, vendo qualquer coisa na TV.
Obrigado por me levar para dormir na cama,
Nos teus braços fortes, que eu sonhava em ter iguais.
Desculpe ter demorado tanto
Para perceber o quanto aquilo era especial.
Sinto tua falta.
E discretamente me alegro,
Quando percebo e mim
Os gestos que eu sempre soube que eram teus.
Será que você volta?
Talvez disfarçado nesse filho que eu tanto sonho?
Serei eu agora a te pegar no colo,
A preparar o teu almoço, ou o teu jantar?
Eu te amo, Pai!
E sei que nestes anos todos você esteve também comigo,
Talvez mais próximo do que antes de partir.
Saudades... Teu filho!
Romulo Wagner de Souza
(pequena homenagem ao meu pai, desencarnado há 13 anos)
Eu queria ter ficado um pouco mais velho ao teu lado.
Lamento não ter falado mais das minhas frustrações,
Das minhas alegrias.
Ainda hoje eu choro, me emociono.
Não com aquele peso das tuas últimas horas,
Mas com o pesar de saber que vivi pouco com você.
Eu era só um garoto, você lembra?
Pai, hoje eu sou um homem!
Venho há anos lutando minha própria guerra.
E só há pouco pude entender as coisas
Que antes você fazia, e eu não via sentido.
Hoje eu sonho em ter meus filhos.
Netos que você não poderá abraçar.
Mas eu é queria voltar a ser menino,
Pra me deitar ao teu lado, vendo qualquer coisa na TV.
Obrigado por me levar para dormir na cama,
Nos teus braços fortes, que eu sonhava em ter iguais.
Desculpe ter demorado tanto
Para perceber o quanto aquilo era especial.
Sinto tua falta.
E discretamente me alegro,
Quando percebo e mim
Os gestos que eu sempre soube que eram teus.
Será que você volta?
Talvez disfarçado nesse filho que eu tanto sonho?
Serei eu agora a te pegar no colo,
A preparar o teu almoço, ou o teu jantar?
Eu te amo, Pai!
E sei que nestes anos todos você esteve também comigo,
Talvez mais próximo do que antes de partir.
Saudades... Teu filho!
Romulo Wagner de Souza
(pequena homenagem ao meu pai, desencarnado há 13 anos)
Take Care of Your Love
sábado, 7 de agosto de 2010
Não Morra Esta Noite
Os dados serão lançados,
Numa mesa qualquer deste cassino,
Que muitos chamam de vida.
Então, não morra esta noite!
Sei que o poeta já não sabe se expressar,
Sei que a música às vezes fica muda
Mas não morra esta noite,
Não antes de jogar comigo!
Aqui, a roleta quase sempre é russa,
Mas às vezes não há balas no tambor,
E foi apenas um susto.
Não morra esta noite,
Mesmo que o céu se feche,
Mesmo que as crenças caiam.
Se tua casa é tão louca quanto a minha
Não deixe de tentar,
E não tenha medo de parecer
De parecer inconsequente.
Afinal, tudo nessa vida é jogo,
É um teatro de vampiros,
Um circo de pulgas.
Toda ilusão é real enquanto vivida,
E outra música ainda será cantada,
E outros motivos ainda hão de levá-la
À mesa de cartas.
Onde todas elas são iguais,
Mas às vezes, o coringa aparece.
De minha dama, não tenho nem sinal,
Pois sempre o valete malvado vem antes.
Mas não me importo,
Ainda sou o mesmo jogador compulsivo,
O mesmo louco, apaixonado pela vida.
Não morra esta noite,
Porque fomos jogados aqui
Sem saber porquê, pra quê...
Então até que o Dono do cassino nos expulse
Aposte sem parar, pois o jogo há de virar,
Você vai ver!
Até lá ficamos assim,
Jogando por pequenos breves prêmios,
Como paz, amor, amizade.
Se vencer, valeu!
Se perder, o que vale é a emoção do jogo,
E sem emoção não dá!
Então não deixe de tentar,
Não deixe de sonhar,
Não desista de apostar,
Não desista de amar,
E por favor, não deseje
Morrer esta noite.
Romulo Wagner de Souza
Numa mesa qualquer deste cassino,
Que muitos chamam de vida.
Então, não morra esta noite!
Sei que o poeta já não sabe se expressar,
Sei que a música às vezes fica muda
Mas não morra esta noite,
Não antes de jogar comigo!
Aqui, a roleta quase sempre é russa,
Mas às vezes não há balas no tambor,
E foi apenas um susto.
Não morra esta noite,
Mesmo que o céu se feche,
Mesmo que as crenças caiam.
Se tua casa é tão louca quanto a minha
Não deixe de tentar,
E não tenha medo de parecer
De parecer inconsequente.
Afinal, tudo nessa vida é jogo,
É um teatro de vampiros,
Um circo de pulgas.
Toda ilusão é real enquanto vivida,
E outra música ainda será cantada,
E outros motivos ainda hão de levá-la
À mesa de cartas.
Onde todas elas são iguais,
Mas às vezes, o coringa aparece.
De minha dama, não tenho nem sinal,
Pois sempre o valete malvado vem antes.
Mas não me importo,
Ainda sou o mesmo jogador compulsivo,
O mesmo louco, apaixonado pela vida.
Não morra esta noite,
Porque fomos jogados aqui
Sem saber porquê, pra quê...
Então até que o Dono do cassino nos expulse
Aposte sem parar, pois o jogo há de virar,
Você vai ver!
Até lá ficamos assim,
Jogando por pequenos breves prêmios,
Como paz, amor, amizade.
Se vencer, valeu!
Se perder, o que vale é a emoção do jogo,
E sem emoção não dá!
Então não deixe de tentar,
Não deixe de sonhar,
Não desista de apostar,
Não desista de amar,
E por favor, não deseje
Morrer esta noite.
Romulo Wagner de Souza
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Introdução à Trilogia "O Vampiro Triste"
Esta foi a única vez que desenvolvi uma ideia, dividindo a mesma em 3 diferentes poemas.
A trilogia "O Vampiro Triste" foi escrita dentro de um intervalo de 1 ano (entre a primeira e última), e era a primeira vez que eu escrevia sobre a suposta "perda da inocência".
Trata-se de um monólogo, onde se confronta a frieza com a inocência, a superficialidade com a necessidade de sentimentos verdadeiros. Em resumo - uma grande insatisfação.
O poema "O Vampiro Triste" abre a trilogia, e foi escrito em agosto de 2000, quando eu fazia minha primeira viagem internacional. Eu estava numa cidade chamada Weirtheim, no sul da Alemanha. Da janela do quarto onde fiquei hospedado, eu via as ruínas de um castelo medieval, que certamente foi de grande inspiração para os três poemas. Eu pensava muito numa certa garota que havia conhecido há alguns anos, e que nunca mais havia tido contato com ela.
O poema "Parte 2 - O Espelho), foi escrito 6 meses depois do primeiro. Era início de fevereiro de 2001. Eu estava em Boston (EUA), num frio de -25 graus, e debaixo de muita neve. Ficava vendo a neve pela janela do quarto, onde tinha um espelho enorme... Bem, nem preciso explicar o resto.
O poema "Última Carta", foi escrito 6 meses (mais ou menos) depois do segundo, e foi o único que escrevi aqui no Brasil. À essa altura, eu já havia tido um rápido reencontro com a aquela garota que comentei no primeiro poema, já havia me apaixonado por ela de novo, e já tínhamos nos afastado mais uma vez. Fazer o quê? rs
Esses três poemas foram os primeiros que recitei várias vezes, em lugares diferentes, para públicos diferentes. Além do prazer de participar de alguns saraus, tive a alegria de transformá-los numa montagem teatral (monólogo), e apresentar num espaço amador, junto com outras pessoas que participavam de um projeto experimental de poesia e teatro.
Abraços a todos,
Romulo
A trilogia "O Vampiro Triste" foi escrita dentro de um intervalo de 1 ano (entre a primeira e última), e era a primeira vez que eu escrevia sobre a suposta "perda da inocência".
Trata-se de um monólogo, onde se confronta a frieza com a inocência, a superficialidade com a necessidade de sentimentos verdadeiros. Em resumo - uma grande insatisfação.
O poema "O Vampiro Triste" abre a trilogia, e foi escrito em agosto de 2000, quando eu fazia minha primeira viagem internacional. Eu estava numa cidade chamada Weirtheim, no sul da Alemanha. Da janela do quarto onde fiquei hospedado, eu via as ruínas de um castelo medieval, que certamente foi de grande inspiração para os três poemas. Eu pensava muito numa certa garota que havia conhecido há alguns anos, e que nunca mais havia tido contato com ela.
O poema "Parte 2 - O Espelho), foi escrito 6 meses depois do primeiro. Era início de fevereiro de 2001. Eu estava em Boston (EUA), num frio de -25 graus, e debaixo de muita neve. Ficava vendo a neve pela janela do quarto, onde tinha um espelho enorme... Bem, nem preciso explicar o resto.
O poema "Última Carta", foi escrito 6 meses (mais ou menos) depois do segundo, e foi o único que escrevi aqui no Brasil. À essa altura, eu já havia tido um rápido reencontro com a aquela garota que comentei no primeiro poema, já havia me apaixonado por ela de novo, e já tínhamos nos afastado mais uma vez. Fazer o quê? rs
Esses três poemas foram os primeiros que recitei várias vezes, em lugares diferentes, para públicos diferentes. Além do prazer de participar de alguns saraus, tive a alegria de transformá-los numa montagem teatral (monólogo), e apresentar num espaço amador, junto com outras pessoas que participavam de um projeto experimental de poesia e teatro.
Abraços a todos,
Romulo
O Vampiro Triste
Sou apenas um vampiro triste,
Não posso ver o sol,
Mas senti a luz que vinha do teu rosto.
Sou apenas um vampiro triste,
Às vezes um palhaço,
Às vezes um ator.
Sempre fui assim,
Mas agora estou cansado, já não sei o que sentir.
Por favor, me ajude!
Apenas me dê um pouco do teu sangue,
Apenas me dê um pouco do teu amor.
Sou apenas um vampiro triste,
E ninguém pode me ouvir quando choro,
Porque agora,
O motivo que me faz sentir assim,
Está muito, muito longe de mim.
Sou apenas um vampiro triste.
Mas se eu quisesse,
Eu poderia chegar lá em poucos segundos.
Porque meu corpo está aqui, mas a minha mente...
Eu não sei onde ela está.
Talvez esteja no teu país,
Talvez esteja no teu quarto,
Na tua cama.
Ou talvez apenas perdida no espaço.
Sou apenas um vampiro triste,
Mas eu brinco e me escondo no escuro do teu cabelo,
Protegendo meus próprios olhos do sol assassino.
Eu poderia lhe convidar para entrar em meu castelo,
Este estranho lugar que nem eu conheço.
Sou apenas um vampiro triste,
Mas eu poderia viver mil anos de alegria ao teu lado,
Voando com a tua alma, sentindo teu toque.
Ah, se eu pudesse te tocar agora,
Juro que minha pele nunca mais seria fria.
Sou apenas um vampiro triste,
Não é seguro estar comigo.
Mas naquela noite, você foi além.
Você viu o que sinto, viu minha alma,
Por debaixo de todas as minhas máscaras.
Você invadiu meus sonhos.
Fez-se a princesa desse meu castelo.
Sou apenas um vampiro qualquer,
E preciso de você, para continuar vivo.
Romulo Wagner de Souza
(Primeira parte da trilogia "O Vampiro Triste", escrita em 08/2000)
Não posso ver o sol,
Mas senti a luz que vinha do teu rosto.
Sou apenas um vampiro triste,
Às vezes um palhaço,
Às vezes um ator.
Sempre fui assim,
Mas agora estou cansado, já não sei o que sentir.
Por favor, me ajude!
Apenas me dê um pouco do teu sangue,
Apenas me dê um pouco do teu amor.
Sou apenas um vampiro triste,
E ninguém pode me ouvir quando choro,
Porque agora,
O motivo que me faz sentir assim,
Está muito, muito longe de mim.
Sou apenas um vampiro triste.
Mas se eu quisesse,
Eu poderia chegar lá em poucos segundos.
Porque meu corpo está aqui, mas a minha mente...
Eu não sei onde ela está.
Talvez esteja no teu país,
Talvez esteja no teu quarto,
Na tua cama.
Ou talvez apenas perdida no espaço.
Sou apenas um vampiro triste,
Mas eu brinco e me escondo no escuro do teu cabelo,
Protegendo meus próprios olhos do sol assassino.
Eu poderia lhe convidar para entrar em meu castelo,
Este estranho lugar que nem eu conheço.
Sou apenas um vampiro triste,
Mas eu poderia viver mil anos de alegria ao teu lado,
Voando com a tua alma, sentindo teu toque.
Ah, se eu pudesse te tocar agora,
Juro que minha pele nunca mais seria fria.
Sou apenas um vampiro triste,
Não é seguro estar comigo.
Mas naquela noite, você foi além.
Você viu o que sinto, viu minha alma,
Por debaixo de todas as minhas máscaras.
Você invadiu meus sonhos.
Fez-se a princesa desse meu castelo.
Sou apenas um vampiro qualquer,
E preciso de você, para continuar vivo.
Romulo Wagner de Souza
(Primeira parte da trilogia "O Vampiro Triste", escrita em 08/2000)
Parte 2 - O Espelho
Certa noite, aquele vampiro triste
Estava diante do espelho.
Era a primeira vez que o fazia,
Depois que tudo havia mudado em sua existência.
Ele dizia...
Eu não vou chorar,
Mesmo agora que sei quem eu sou,
Mesmo agora que sei o que me tornei.
Eu não vou chorar,
Mesmo agora que estou sozinho neste castelo,
Que as árvores já não crescem no meu jardim.
O que foi que eu fiz?
Já não há reflexo no espelho!
Minha pele ficou fria.
Mas alguém me explique,
Por que meu coração é ainda o mesmo?
De onde vem o calor que me queima o corpo?
Eu não vou chorar,
Mesmo sabendo que estou sozinho,
Mesmo estando mais triste do que nunca,
Mesmo agora que nada acontece.
Eu não vou chorar,
Mesmo sabendo que de hoje em diante eu não posso morrer,
Mas também não sobreviveria assim tão triste.
Eu perdi todos os jogos,
Eu perdi a mim mesmo!
Mas eu não vou chorar,
Mesmo agora que tudo o que eu quero
É esquecer das coisas que fiz,
É ignorar o que sinto,
É ser de fato frio,
É desistir de amar.
Mas o que fazer,
Se sei que tudo isso é impossível?
Eu não vou chorar,
Mesmo agora que não vejo mágica alguma.
Mesmo agora que ninguém vela meu sono.
Mesmo agora que minha vida está vazia.
Não tenho pessoa alguma com quem me preocupar,
E ninguém que se preocupe comigo.
Sou apenas um vampiro triste,
Uma palhaço que já não é engraçado
(ok, sei que já disse isso antes).
Eu não vou chorar,
Mas sinto tanto medo.
Pudera eu ter um feitiço negro,
Que suprimisse enfim tudo o que sinto.
Eu já não quero acreditar,
Mesmo sabendo que não consigo fugir disso.
Acreditei sozinho no amor,
Segui a estrada sinuosa dos meus sonhos,
E agora,
Estou vazio,
Estou isolado.
Não vou chorar,
Não porque eu não queira,
Mas apenas por já não ter mais lágrimas.
Todas se foram na noite passada.
E mesmo assim nada mudou.
Ainda espero por você,
Pelo seu sangue,
Pelo Seu amor.
Romulo Wagner de Souza
(Segunda parte da trilogia "O Vampiro Triste", escrita em 02/2001)
Estava diante do espelho.
Era a primeira vez que o fazia,
Depois que tudo havia mudado em sua existência.
Ele dizia...
Eu não vou chorar,
Mesmo agora que sei quem eu sou,
Mesmo agora que sei o que me tornei.
Eu não vou chorar,
Mesmo agora que estou sozinho neste castelo,
Que as árvores já não crescem no meu jardim.
O que foi que eu fiz?
Já não há reflexo no espelho!
Minha pele ficou fria.
Mas alguém me explique,
Por que meu coração é ainda o mesmo?
De onde vem o calor que me queima o corpo?
Eu não vou chorar,
Mesmo sabendo que estou sozinho,
Mesmo estando mais triste do que nunca,
Mesmo agora que nada acontece.
Eu não vou chorar,
Mesmo sabendo que de hoje em diante eu não posso morrer,
Mas também não sobreviveria assim tão triste.
Eu perdi todos os jogos,
Eu perdi a mim mesmo!
Mas eu não vou chorar,
Mesmo agora que tudo o que eu quero
É esquecer das coisas que fiz,
É ignorar o que sinto,
É ser de fato frio,
É desistir de amar.
Mas o que fazer,
Se sei que tudo isso é impossível?
Eu não vou chorar,
Mesmo agora que não vejo mágica alguma.
Mesmo agora que ninguém vela meu sono.
Mesmo agora que minha vida está vazia.
Não tenho pessoa alguma com quem me preocupar,
E ninguém que se preocupe comigo.
Sou apenas um vampiro triste,
Uma palhaço que já não é engraçado
(ok, sei que já disse isso antes).
Eu não vou chorar,
Mas sinto tanto medo.
Pudera eu ter um feitiço negro,
Que suprimisse enfim tudo o que sinto.
Eu já não quero acreditar,
Mesmo sabendo que não consigo fugir disso.
Acreditei sozinho no amor,
Segui a estrada sinuosa dos meus sonhos,
E agora,
Estou vazio,
Estou isolado.
Não vou chorar,
Não porque eu não queira,
Mas apenas por já não ter mais lágrimas.
Todas se foram na noite passada.
E mesmo assim nada mudou.
Ainda espero por você,
Pelo seu sangue,
Pelo Seu amor.
Romulo Wagner de Souza
(Segunda parte da trilogia "O Vampiro Triste", escrita em 02/2001)
Última Carta
Havia alguém,
Me observando do meu próprio jardim
Enquanto eu falava comigo mesmo nos últimos dias.
Como você chegou aqui?
Eu não me importo...
Estava apenas se divertindo?
De qualquer forma...
Se eu tivesse uma chance,
Diria várias coisas para você.
Eu vi sua sombra,
Correndo entre as minhas árvores.
Doce sombra,
O que você procurava?
Se eu tivesse uma chance,
Eu faria você ver.
Que agora, com a tua ausência, tudo está igual... Quase igual.
Eu ainda estou sozinho, triste.
Esperando por alguém que sequer sei se vai chegar.
Se eu tivesse uma chance,
Eu lhe faria entender
Que se eu sou um vampiro triste,
Você... Ah, você é uma adorável bruxa.
Uma doce e adorável bruxa.
Então lhe pediria que ficasse um pouco mais,
E mostrasse enfim o teu rosto.
Porque veja,
O sol assassino já se põe,
O céu amigo aos poucos fica escuro.
É a noite chegando.
E agora... Eu sou o mágico!
Posso sentir teu cheiro de muito, muito longe,
Posso chamar você na voz do vento. Tocando teu pescoço, tua boca.
E você saberia que estes seriam os meus sinais.
Eu faria chover, se isso lhe fizesse sentir melhor.
Viraria o mundo de cabeça para baixo,
Só para você cair em meus braços.
Eu seria o chão, o vento.
Você me tocaria, eu beijaria você.
Sem que você me visse, e ainda assim sentindo minha presença.
Daria mil voltas em torno do teu corpo, até fazê-la voar,
Encontraria tua alma dentro de teus olhos,
E finalmente estaria frente a frente com você,
E você jamais se esconderia de mim novamente,
Teria então que mostrar quem é.
Se eu tivesse uma chance,
E lhe diria para não ter medo.
Você sempre foi o único perigo por aqui.
Você me conhece, já entrou nos meus sonhos.
Viu meu rosto através de todas as minhas máscaras.
E quanto a mim?
Tudo que conheço é tua louca e suave sombra.
Esta que voa sozinha mesmo quando, por medo, você não quer.
Esta que não se esconde,
Que ama com a mesma intensidade que deseja ser amada.
E ainda assim,
Eu sei que viveria toda a minha eternidade ao teu lado,
Mesmo que isso fosse apenas por mais um segundo.
Se eu tivesse uma chance,
Eu te diria que naquela noite triste,
Quando eu não via minha própria imagem no espelho,
Eu enxerguei uma estranha figura no meu jardim.
E ao te ver novamente,
Saberia enfim se você é real,
Ou se eu apenas sonhava.
Mas fosse você apenas mais um sonho,
Isso já bastaria para me alegrar,
Pelo simples fato de saber que ainda posso sentir isso.
E mesmo sendo um vampiro triste,
Sou ainda capaz de me apaixonar.
Romulo Wagner de Souza
(última parte da Trilogia "O Vampiro Triste" escrita em 06/2001)
Me observando do meu próprio jardim
Enquanto eu falava comigo mesmo nos últimos dias.
Como você chegou aqui?
Eu não me importo...
Estava apenas se divertindo?
De qualquer forma...
Se eu tivesse uma chance,
Diria várias coisas para você.
Eu vi sua sombra,
Correndo entre as minhas árvores.
Doce sombra,
O que você procurava?
Se eu tivesse uma chance,
Eu faria você ver.
Que agora, com a tua ausência, tudo está igual... Quase igual.
Eu ainda estou sozinho, triste.
Esperando por alguém que sequer sei se vai chegar.
Se eu tivesse uma chance,
Eu lhe faria entender
Que se eu sou um vampiro triste,
Você... Ah, você é uma adorável bruxa.
Uma doce e adorável bruxa.
Então lhe pediria que ficasse um pouco mais,
E mostrasse enfim o teu rosto.
Porque veja,
O sol assassino já se põe,
O céu amigo aos poucos fica escuro.
É a noite chegando.
E agora... Eu sou o mágico!
Posso sentir teu cheiro de muito, muito longe,
Posso chamar você na voz do vento. Tocando teu pescoço, tua boca.
E você saberia que estes seriam os meus sinais.
Eu faria chover, se isso lhe fizesse sentir melhor.
Viraria o mundo de cabeça para baixo,
Só para você cair em meus braços.
Eu seria o chão, o vento.
Você me tocaria, eu beijaria você.
Sem que você me visse, e ainda assim sentindo minha presença.
Daria mil voltas em torno do teu corpo, até fazê-la voar,
Encontraria tua alma dentro de teus olhos,
E finalmente estaria frente a frente com você,
E você jamais se esconderia de mim novamente,
Teria então que mostrar quem é.
Se eu tivesse uma chance,
E lhe diria para não ter medo.
Você sempre foi o único perigo por aqui.
Você me conhece, já entrou nos meus sonhos.
Viu meu rosto através de todas as minhas máscaras.
E quanto a mim?
Tudo que conheço é tua louca e suave sombra.
Esta que voa sozinha mesmo quando, por medo, você não quer.
Esta que não se esconde,
Que ama com a mesma intensidade que deseja ser amada.
E ainda assim,
Eu sei que viveria toda a minha eternidade ao teu lado,
Mesmo que isso fosse apenas por mais um segundo.
Se eu tivesse uma chance,
Eu te diria que naquela noite triste,
Quando eu não via minha própria imagem no espelho,
Eu enxerguei uma estranha figura no meu jardim.
E ao te ver novamente,
Saberia enfim se você é real,
Ou se eu apenas sonhava.
Mas fosse você apenas mais um sonho,
Isso já bastaria para me alegrar,
Pelo simples fato de saber que ainda posso sentir isso.
E mesmo sendo um vampiro triste,
Sou ainda capaz de me apaixonar.
Romulo Wagner de Souza
(última parte da Trilogia "O Vampiro Triste" escrita em 06/2001)
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Pare Que Eu Vou Descer
Pare que eu vou descer!
Mais uma vez vou sair.
Explodo a bomba em mim,
E viro tudo do avesso.
Eu quero mãos que não me prendam,
Que não me façam parar.
Quero estar comigo mesmo,
E rir das tragédias que são só minhas.
Eu já sei que não me encaixo,
Eu não me enquadro.
Minha receita não é desse livro,
Meus sonhos são do outro lado.
Quero sair na chuva sem camisa,
Quero molhar meu peito.
E cair bêbado do meu próprio mundo,
No chão, numa sombra do meu jardim.
Nada pessoal, mas sei que não sou daqui.
Nem sei viver essas coisas.
Atrofio, murcho, perco a cor.
E quando vejo, já até virei a página.
Para que eu vou descer!
Quero sair andando, correndo, gritando.
Quero reencarnar em mim mesmo,
E brilha!
Romulo Wagner de Souza
Mais uma vez vou sair.
Explodo a bomba em mim,
E viro tudo do avesso.
Eu quero mãos que não me prendam,
Que não me façam parar.
Quero estar comigo mesmo,
E rir das tragédias que são só minhas.
Eu já sei que não me encaixo,
Eu não me enquadro.
Minha receita não é desse livro,
Meus sonhos são do outro lado.
Quero sair na chuva sem camisa,
Quero molhar meu peito.
E cair bêbado do meu próprio mundo,
No chão, numa sombra do meu jardim.
Nada pessoal, mas sei que não sou daqui.
Nem sei viver essas coisas.
Atrofio, murcho, perco a cor.
E quando vejo, já até virei a página.
Para que eu vou descer!
Quero sair andando, correndo, gritando.
Quero reencarnar em mim mesmo,
E brilha!
Romulo Wagner de Souza
Uma Outra Confissão
Por Deus, eu continuo cansado.
E noutro passo sem pensar, dei de cara com você.
Agora fuja, antes que você acorde.
Eu sou o grito sufocado de quem se perde.
Forte, e mesmo assim ignorado.
Não disfarce, apenas veja você mesma.
Sou apenas mais um homem.
Mais um, como tantos outros,
Fiquei cinza.
Numa escala qualquer entre a dor do sonho, e o prazer da perda.
Amargo,
Quase me esqueci o que era ser doce,
Cheguei onde queria, e me perdi.
Mas eu queria seguir em frente,
Então surgiu você,
Dando ao caos do meu delírio,
Um suspiro de lucidez.
Andei em círculos,
Voltei ao ponto de partida.
Paradoxo bizarro,
Vivo a escassez do que antes me sobrava.
Traí a mim mesmo,
Achando que isso era amar de verdade.
Fiquei frio, perdi a cor.
Mas agora vá!
Afinal, como todo o resto,
Isso é só uma brincadeira.
Mas se você entrar no jogo,
Muito pode acontecer.
E enquanto isso, por trás das cortinas,
Um novo universo vai surgir.
Dentro de mim, em cada canto,
Com o encanto de quem quase nunca sofreu.
Espalhado no meu corpo,
Como se fosse quase imaculado de qualquer coisa.
Profundo, em minha mente,
Como quem volta a ver a luz,
A sonhar, a sentir.
Romulo Wagner de Souza
E noutro passo sem pensar, dei de cara com você.
Agora fuja, antes que você acorde.
Eu sou o grito sufocado de quem se perde.
Forte, e mesmo assim ignorado.
Não disfarce, apenas veja você mesma.
Sou apenas mais um homem.
Mais um, como tantos outros,
Fiquei cinza.
Numa escala qualquer entre a dor do sonho, e o prazer da perda.
Amargo,
Quase me esqueci o que era ser doce,
Cheguei onde queria, e me perdi.
Mas eu queria seguir em frente,
Então surgiu você,
Dando ao caos do meu delírio,
Um suspiro de lucidez.
Andei em círculos,
Voltei ao ponto de partida.
Paradoxo bizarro,
Vivo a escassez do que antes me sobrava.
Traí a mim mesmo,
Achando que isso era amar de verdade.
Fiquei frio, perdi a cor.
Mas agora vá!
Afinal, como todo o resto,
Isso é só uma brincadeira.
Mas se você entrar no jogo,
Muito pode acontecer.
E enquanto isso, por trás das cortinas,
Um novo universo vai surgir.
Dentro de mim, em cada canto,
Com o encanto de quem quase nunca sofreu.
Espalhado no meu corpo,
Como se fosse quase imaculado de qualquer coisa.
Profundo, em minha mente,
Como quem volta a ver a luz,
A sonhar, a sentir.
Romulo Wagner de Souza
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Depois do Surto
Nada haverá de ser o mesmo,
Depois de tocado pela mão de tempo.
Outros sorrisos surgirão...
A dor que inunda os olhos daquele que observa,
Há de ser a mesma causadora de uma paz diferente.
Quando caminhava em meio às estrelas,
Ele sonhava com a firmeza do chão maciço,
Onde um dia rastejou cansado, querendo voar...
O bem que se procura não está ao lado.
Nem no alto da torre, ou trancado no passado.
Minha paz e minha desgraça eu carrego no meu peito,
Do meu bem estar ou depressão sou o único causador.
Sou meu bálsamo, meu agressor...
Sou aquele que decidiu decidir sorrir.
Romulo Wagner de Souza
(texto escrito em 04/2003)
Depois de tocado pela mão de tempo.
Outros sorrisos surgirão...
A dor que inunda os olhos daquele que observa,
Há de ser a mesma causadora de uma paz diferente.
Quando caminhava em meio às estrelas,
Ele sonhava com a firmeza do chão maciço,
Onde um dia rastejou cansado, querendo voar...
O bem que se procura não está ao lado.
Nem no alto da torre, ou trancado no passado.
Minha paz e minha desgraça eu carrego no meu peito,
Do meu bem estar ou depressão sou o único causador.
Sou meu bálsamo, meu agressor...
Sou aquele que decidiu decidir sorrir.
Romulo Wagner de Souza
(texto escrito em 04/2003)
Por Enquanto, Raquel
Por enquanto a distância,
Por enquanto o silêncio.
Por enquanto você apenas nos meus sonhos,
Por enquanto você apenas no que desejo viver.
Ah, pudessem minhas palavras
Serem colocadas numa garrafa vazia,
E as ondas de um mar gentil
As arrastarem e depositarem
Nas areias da praia suave do teu peito.
Ou pudesse esse amor que aqui descrevo,
Ser enrolado aos pés de um pombo amigo,
E passear nas nuvens, com o vento
Até pousar em paz e elegância
Na janela aberta da tua vida.
Mas por enquanto a distância,
Por enquanto o silêncio.
Por enquanto você apenas nos meus sonhos,
Por enquanto você apenas no que desejo viver.
Mas este há de ser apenas um momento.
Uma breve suspensão de anseios tão antigos e tão novos.
Um intervalo de um sonho
Que só há pouco começamos a viver,
Que ainda não conhecemos sua completa extensão.
Eu não vou me perder de você!
Teremos tempo de dizer a todos que vencemos,
Teremos tempo de contar a nossa história,
E ainda antes disso,
Teremos tempo de viver o que sentimos.
Por enquanto a distância,
Por enquanto o silêncio.
Por enquanto você apenas nos meus sonhos,
Por enquanto você apenas no que desejo viver.
Mas você sabe, e eu sei,
Nós já somos o que somos,
E nossa hora bate à porta...
Romulo Wagner de Souza
Por enquanto o silêncio.
Por enquanto você apenas nos meus sonhos,
Por enquanto você apenas no que desejo viver.
Ah, pudessem minhas palavras
Serem colocadas numa garrafa vazia,
E as ondas de um mar gentil
As arrastarem e depositarem
Nas areias da praia suave do teu peito.
Ou pudesse esse amor que aqui descrevo,
Ser enrolado aos pés de um pombo amigo,
E passear nas nuvens, com o vento
Até pousar em paz e elegância
Na janela aberta da tua vida.
Mas por enquanto a distância,
Por enquanto o silêncio.
Por enquanto você apenas nos meus sonhos,
Por enquanto você apenas no que desejo viver.
Mas este há de ser apenas um momento.
Uma breve suspensão de anseios tão antigos e tão novos.
Um intervalo de um sonho
Que só há pouco começamos a viver,
Que ainda não conhecemos sua completa extensão.
Eu não vou me perder de você!
Teremos tempo de dizer a todos que vencemos,
Teremos tempo de contar a nossa história,
E ainda antes disso,
Teremos tempo de viver o que sentimos.
Por enquanto a distância,
Por enquanto o silêncio.
Por enquanto você apenas nos meus sonhos,
Por enquanto você apenas no que desejo viver.
Mas você sabe, e eu sei,
Nós já somos o que somos,
E nossa hora bate à porta...
Romulo Wagner de Souza
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Convite
Não é um convite ao paraíso,
Eu não saberia te levar até lá.
Mas apenas um convite,
Para procurar comigo
Por aquilo que for mais parecido com ele.
Já conheço tua habilidade
Em se esquivar, em escapar.
Mostre agora tua força em olhar de frente,
Sem temer o que vê, e pode desejar.
Já conheço tua dança,
Teu jogo, teu charme.
Mostre agora quem é você,
Depois que as luzes se apagam,
Quando fica só você.
Estou cansado de histórias tristes,
Que nos esfriam, nos cegam.
Mostre agora que mesmo assim
Você não teme buscar ter o que perder.
Para depois brindar tranquilamente
O amor simples, merecido,
Mesmo sabendo que o sucesso dele sempre dependerá de nós.
Você é minha convidada!
Mas não vamos falar em dúvidas,
Em medos, em promessas.
O mesmo já aconteceu comigo.
Possamos romper os muros
Que nos cercam em nós.
Abrir os braços para aquilo que buscamos,
Que preferimos adiar, que fingimos não ver.
Um convite sem pretensão,
Senão permitir que coisas aconteçam.
Seja o sopro de um vento bom,
Que faça vencer a inércia de nossa razão.
E nossos temores nebulosos,
Depois de dissipados no ar,
Dêem lugar ao sol que nasce novamente.
Nunca terei todas as respostas.
Buscarei apenas viver o que sinto.
Jamais saberei o futuro,
Vou me contentar em doar o que sou a cada dia,
E a cada dia saberei melhor como te amar.
Não é um convite ao paraíso,
Mas apenas o chamado de alguém,
Que assim como você
Merece saber onde isso pode nos levar.
Romulo Wagner de Souza
Eu não saberia te levar até lá.
Mas apenas um convite,
Para procurar comigo
Por aquilo que for mais parecido com ele.
Já conheço tua habilidade
Em se esquivar, em escapar.
Mostre agora tua força em olhar de frente,
Sem temer o que vê, e pode desejar.
Já conheço tua dança,
Teu jogo, teu charme.
Mostre agora quem é você,
Depois que as luzes se apagam,
Quando fica só você.
Estou cansado de histórias tristes,
Que nos esfriam, nos cegam.
Mostre agora que mesmo assim
Você não teme buscar ter o que perder.
Para depois brindar tranquilamente
O amor simples, merecido,
Mesmo sabendo que o sucesso dele sempre dependerá de nós.
Você é minha convidada!
Mas não vamos falar em dúvidas,
Em medos, em promessas.
O mesmo já aconteceu comigo.
Possamos romper os muros
Que nos cercam em nós.
Abrir os braços para aquilo que buscamos,
Que preferimos adiar, que fingimos não ver.
Um convite sem pretensão,
Senão permitir que coisas aconteçam.
Seja o sopro de um vento bom,
Que faça vencer a inércia de nossa razão.
E nossos temores nebulosos,
Depois de dissipados no ar,
Dêem lugar ao sol que nasce novamente.
Nunca terei todas as respostas.
Buscarei apenas viver o que sinto.
Jamais saberei o futuro,
Vou me contentar em doar o que sou a cada dia,
E a cada dia saberei melhor como te amar.
Não é um convite ao paraíso,
Mas apenas o chamado de alguém,
Que assim como você
Merece saber onde isso pode nos levar.
Romulo Wagner de Souza
Mudar
Tudo vira poesia.
Tudo é música e choro,
E tudo muda.
Mudo eu, muda você,
Muda o mundo, mudam todos,
Muda a música, muda o disco,
Muda o amor...
E o coração ainda é o mesmo.
Muda a flor, mudam os ventos,
Muda a vida, mudam os passos,
Mudamos nós...
E nós ainda somos os mesmos,
Aprendendo esquecer
O que um dia
Alguém nos ensinou sem avisar.
Romulo Wagner de Souza
Tudo é música e choro,
E tudo muda.
Mudo eu, muda você,
Muda o mundo, mudam todos,
Muda a música, muda o disco,
Muda o amor...
E o coração ainda é o mesmo.
Muda a flor, mudam os ventos,
Muda a vida, mudam os passos,
Mudamos nós...
E nós ainda somos os mesmos,
Aprendendo esquecer
O que um dia
Alguém nos ensinou sem avisar.
Romulo Wagner de Souza
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Desabafo de Outro Dom (Um Outro Cavaleiro)
Escrevo por dias melhores,
Mais leves e mais compactos.
Por momentos ensolarados,
Mais claros e mais felizes.
Sejam as palavras de quem luta,
Notícias da frente de batalha.
Que não pareçam mais duras do que são,
Nem tão simples quanto achei que seriam.
Todos os mortos se ergueram!
E o meu mundo ficou assim
Nas cinzas de tudo o que sou,
Numa pausa fria da vida.
Mas escrevo uma carta, um relato.
Destinada ao outro lado do muro,
A um tempo do porvir,
A quem serei nesse lugar.
Vou agora dar um descanso aos moinhos,
Vou dar uma folga para mim mesmo.
Deve ser essa a hora de deixar o campo,
Mesmo sabendo que não sei parar.
Já lutei contra todos os meus monstros.
Muitos deles eram reais,
Outros só faziam girar minhas engrenagens,
E estes eram sempre os mais difíceis.
Minha luta, de tão solitária ficou vã.
Embora seja a minha eterna causa,
A mesma causa de tantos corações.
Só sobramos eu e minha sombra.
Eram todos moinhos!
Eram todos eu mesmo!
Cada dragão, cada besta,
Cada fera que tive de vencer.
E mesmo o amor que eu sonhava,
Que acreditava trancado em alguma torre.
Esteve sempre tão próximo,
Tão dentro de mim.
Então sigo em frente pela tarde,
Ou seria enfim o amanhecer?
E nessa hora em que as coisas finalmente acontecem,
Volto para casa, colhendo as flores do caminho.
Romulo Wagner de Souza
(poesia escrita hoje - 02/08/2010)
Mais leves e mais compactos.
Por momentos ensolarados,
Mais claros e mais felizes.
Sejam as palavras de quem luta,
Notícias da frente de batalha.
Que não pareçam mais duras do que são,
Nem tão simples quanto achei que seriam.
Todos os mortos se ergueram!
E o meu mundo ficou assim
Nas cinzas de tudo o que sou,
Numa pausa fria da vida.
Mas escrevo uma carta, um relato.
Destinada ao outro lado do muro,
A um tempo do porvir,
A quem serei nesse lugar.
Vou agora dar um descanso aos moinhos,
Vou dar uma folga para mim mesmo.
Deve ser essa a hora de deixar o campo,
Mesmo sabendo que não sei parar.
Já lutei contra todos os meus monstros.
Muitos deles eram reais,
Outros só faziam girar minhas engrenagens,
E estes eram sempre os mais difíceis.
Minha luta, de tão solitária ficou vã.
Embora seja a minha eterna causa,
A mesma causa de tantos corações.
Só sobramos eu e minha sombra.
Eram todos moinhos!
Eram todos eu mesmo!
Cada dragão, cada besta,
Cada fera que tive de vencer.
E mesmo o amor que eu sonhava,
Que acreditava trancado em alguma torre.
Esteve sempre tão próximo,
Tão dentro de mim.
Então sigo em frente pela tarde,
Ou seria enfim o amanhecer?
E nessa hora em que as coisas finalmente acontecem,
Volto para casa, colhendo as flores do caminho.
Romulo Wagner de Souza
(poesia escrita hoje - 02/08/2010)
Tenha Fé
Quando você se sentir perdida, confusa...
Lembre-se que existe um Deus, que é todo Amor,
E que acolhe a cada um de Seus filhos na segurança de Sua Luz Eterna.
Sempre teremos diante de nós
Todos os ingredientes necessários à nossa felicidade.
Quando os caminhos parecerem nebulosos,
Lembre-se que parte dessa Luz foi colocada dentro de você
E a melhor bússola nesta viagem, sempre será o teu coração.
Saber ouvir nosso íntimo, e aceitar nossa imperfeição,
É o roteiro mais seguro para nossa paz de espírito.
Quando você se sentir culpada, ou em dívida,
Lembre-se que só poderemos amar aos outros,
Depois de amarmos e aceitarmos a nós mesmos.
O sentimento de culpa vem exatamente da distância
Que estabelecemos entre nós e nossos corações.
Autoflagelo nada tem a ver com martírio redentor.
Ao contrário, este é a fuga que criamos
Para nos furtarmos da obrigado de sermos felizes,
E das atitudes que a tarefa nos demanda.
Somos frágeis,
Mas já somos maiores do que pensamos.
Somos limitados,
Mas já podemos ir muito além do que fomos antes.
O Universo é algo tão grande e tão perfeito,
Que há necessidade de julgamentos pontuais.
Deixemo-nos guiar pelo diz nosso coração,
Dediquemos nosso amor com fé e coragem na direção que ele nos aponta.
Tudo que fazemos com sinceridade
É digno das mais altas bênçãos do Céu.
A felicidade é mais simples do que pensamos,
Enquanto a vida já por só complicada o bastante
Para ainda ficarmos criando mais constrangimentos para nós mesmos.
Aceitemos o que sentimos,
Vivamos o que sentimos,
Sejamos sinceros conosco.
E assim tudo caminhará para o melhor,
Para a paz,
Para o Amor.
Romulo Wagner de Souza
Lembre-se que existe um Deus, que é todo Amor,
E que acolhe a cada um de Seus filhos na segurança de Sua Luz Eterna.
Sempre teremos diante de nós
Todos os ingredientes necessários à nossa felicidade.
Quando os caminhos parecerem nebulosos,
Lembre-se que parte dessa Luz foi colocada dentro de você
E a melhor bússola nesta viagem, sempre será o teu coração.
Saber ouvir nosso íntimo, e aceitar nossa imperfeição,
É o roteiro mais seguro para nossa paz de espírito.
Quando você se sentir culpada, ou em dívida,
Lembre-se que só poderemos amar aos outros,
Depois de amarmos e aceitarmos a nós mesmos.
O sentimento de culpa vem exatamente da distância
Que estabelecemos entre nós e nossos corações.
Autoflagelo nada tem a ver com martírio redentor.
Ao contrário, este é a fuga que criamos
Para nos furtarmos da obrigado de sermos felizes,
E das atitudes que a tarefa nos demanda.
Somos frágeis,
Mas já somos maiores do que pensamos.
Somos limitados,
Mas já podemos ir muito além do que fomos antes.
O Universo é algo tão grande e tão perfeito,
Que há necessidade de julgamentos pontuais.
Deixemo-nos guiar pelo diz nosso coração,
Dediquemos nosso amor com fé e coragem na direção que ele nos aponta.
Tudo que fazemos com sinceridade
É digno das mais altas bênçãos do Céu.
A felicidade é mais simples do que pensamos,
Enquanto a vida já por só complicada o bastante
Para ainda ficarmos criando mais constrangimentos para nós mesmos.
Aceitemos o que sentimos,
Vivamos o que sentimos,
Sejamos sinceros conosco.
E assim tudo caminhará para o melhor,
Para a paz,
Para o Amor.
Romulo Wagner de Souza
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