terça-feira, 27 de julho de 2010

Meu Novo e Mais Antigo Sonho


Permita que eu seja o teu último par nessa festa,
Aquele com quem dance a última valsa, o que te leve pra casa.
Permita que sejam meus os olhos que você encontre
Quando tudo parecer irremediável e cinza.

Nem sei como nunca lhe escrevi antes.
Ou será que todos os meus poemas só falavam de você?
Como pude dormir todas as noites nesses anos.
Teria sido apenas na esperança de sonhar contigo?

Eu que estive tão longe, em tantos espaços.
Estar hoje ao teu lado é desafiar o tempo.
Como se ele tivesse se esquecido de passar para nós,
E nesse descuido inusitado, eu sei que ainda somos os mesmos.

Talvez de fato o tempo tenha parado
Para esperar que acertássemos nossos passos.
Ou talvez depois de uma volta inteira de nossos astros
Eu esteja novamente aqui, lhe dizendo o meu nome.

Eu pensei em resgatar você, mas eu é que fui salvo.
E em poucas horas eu era novamente o que sempre havia sido.
E você, a mulher, a garota, aquela que um dia me fez voar,
Como se enfim tudo que era latente em nós voltasse à vida.

Quero enfim o final feliz do meu sonho mais antigo.
Quero acordar amanhã do teu lado, em nossa cama,
Ver você ainda dormindo, e saber que isso era o que eu buscava.
Quero teu cheiro nas minhas roupas, tua pele no meu corpo.

Essa há de ser a maior de todas as minhas aventuras
Uma vida tranquila e segura ao lado da mulher que sempre amei,
E um dia rir desses anos em que não fui teu,
Como se eles nunca tivessem passado de meros e poucos segundos.


Romulo Wagner de Souza

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