quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O Ponto

há um Ponto Pardo na Parede mórbida.
Parado, Pensando.
há um Paranoico Perdido,
Pedindo.
o Pêndulo Podre Pendura as horas em repouso,
Pedante, Patético.
há uma Porta Perto daqui,
nas Pálpebras, nas Profundezas.
Paixão - Prato do Paraíso,
Pureza - Praga Profana.
Pena que sou isso
vampiro, apaixonado.
Pena que me Perdi,
não vi o Princípio da Paisagem.
hipocrisia,
Pombos que voam Para o mar,
Para o norte,
Para a sul,
Para sempre.
Pose Perfeita,
Perplexa,
Pairando em Pleno Pico.
e o Plebeu Pulou da Ponte,
caiu num Pântano Preto,
Passeou junto ao Povo em Pânico,
respirou Profundo,
sentiu o Perfume Por entre os Pêlos das Pernas dela.
Pacífico apelo da Prática de não Poder saber Porquê.
mas não Precisa Perguntar,
pois aprendeu,
no apático e triste olhar do Palhaço,
como viver apenas Por um impulso qualquer que vem ao Peito,
que faz sentir.
e Por fim Para ter a
Palavra de Prata,
que escorrega da boca,
dispersa no ar,
Paira nos arredores,
Penetra as orelhas,
vibra os tímpanos,
Pousa no cérebro,
Pulsa sangue,
Paixão,
Puxa o gozo,
Pecado.
Perdão Por ter Prazer,
Por ter amado
estando Puramente
Apaixonado.


Romulo Wagner de Souza
(poesia concreta, escrita em 2003)

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